O vice-presidente do grupo parlamentar do MpD, Armindo Luz, declarou nesta terça-feira, 03 de março, que os ganhos dos transportes marítimos e aéreos em Cabo Verde são reconhecidos e acusou o PAICV de fazer de política de bota-abaixo.
“O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) considera que se trata de uma solução boa e estratégica para Cabo Verde. O PAICV é contra. Os parceiros internacional e de desenvolvimento de Cabo Verde, quer públicos, quer privados, acreditam na Cabo Verde Interilhas e na Cabo Verde Airlines e o PAICV é contra”, salientou.
A observação foi feita numa conferência de imprensa realizada para o balanço das jornadas preparatórias para a primeira sessão parlamentar de março, que inicia nesta quarta-feira e que tem com principal destaque uma interpelação ao Governo sobre o setor dos transportes, solicitada pelo PAICV.
O dirigente frisou que os ganhos do país no setor dos transportes marítimos e a aéreos contrariam toda a “política de desinformação do PAICV, assente em fake news, populismo barato e demagogia”, baseada numa “política de bota-abaixo”. A seu ver, esta é uma maneira de o maior partido da oposição tentar “a todo o custo desvalorizar os grandes ganhos” obtidos desde 2016, altura em que o MpD subiu ao poder para substituí-lo.
“Os sucessivos governos do PAICV deixaram o setor dos transportes aeroportos em falência técnica e um risco fiscal ao país e os transportes marítimos moribundos”, criticou, acrescentando que, “hoje, Cabo Verde respira confiança, credibilidade a nível dos transportes”, sendo essa confiança partilhada por “todos os cabo-verdianos residentes e na diáspora” e ainda dos “parceiros privados nacional e estrangeiros”.
“Os transportes marítimos estão em boas mãos. Os cabo-verdianos estão satisfeitos com mais viagens, mais passageiros transportados, mais rotas, mais conexão entre as ilhas, mas regularidade, mais pontualidade, mais previsibilidade e com mais segurança”, concluiu.
Armindo Luz confirmou, entretanto, que o navio Chiquinho BL, envolto em polémica, foi comprado pelo Grupo ETE e alugado à empresa Cabo Verde Interilhas, e garantiu que o sistema de leasing é melhor por permitir ao arquipélago ter sempre barcos novos e adaptados à realidade atual.