O Movimento para a Democracia (MpD) regozijou-se nesta segunda-feira, 30 de janeiro, pelo facto de Cabo Verde ter recebido a distinção de país africano mais livre por parte da Freedom House.
No entanto, a Freedom House, uma organização sem fins lucrativos sediada em Washington, capital dos Estados Unidos da América, salientou que o país ainda tem desafios pela frente, entre os quais a criminalidade e um sistema judicial demasiado burocrático.
“Cabo Verde é uma democracia estável com eleições concorrenciais e transferências periódicas de poder entre partidos rivais, as liberdades civis são genericamente protegidas, mas o acesso à justiça é dificultado por um sistema judicial demasiado burocrático, e o crime continua a ser uma preocupação”, pode ler-se na descrição do arquipélago, referente à situação em 2022.
Cabo Verde recebeu uma pontuação de 92 em 100. O MpD, partido no poder, comentou o sucedido durante uma conferência de imprensa realizada na Praia. Foi Carmen Martins, membro da Comissão Política Nacional da formação política, quem reagiu à distinção.
A representante do MpD destacou que, segundo o documento referido, o país teve a pontuação máxima em matérias como processo eleitoral, pluralismo político e participação, liberdade de expressão e de fé (4/4). Obteve ainda pontuações quase máximas de 3/4 em funcionamento do Governo, direitos organizacionais e de associações, e o direito da lei.