O MpD refutou as denúncias feitas pelo PAICV acerca do alegado “caos” no setor dos transportes. As declarações de negação foram feitas pelo deputado nacional do partido no poder para o círculo da ilha do Fogo, Filipe Santos.
O político negou então nesta terça-feira, 31 de agosto, numa conferência de imprensa realizada em São Filipe, as denúncias feitas pelo deputado Luís Pires, do PAICV. Segundo Filipe Santos, trata-se de afirmações que não são “sérias e estão eivadas de populismo, com o objetivo de se tirar dividendos políticos, esquecendo o momento ímpar que o mundo e Cabo Verde atravessam por causa da pandemia da Covid-19 e os seus impactos a vários níveis”.
O político lembrou que o Governo apoiado pelo MpD tomou posse em 2016, altura em que terá encontrado o setor dos transportes numa situação “agonizante”, depois da governação do PAICV. De acordo com a mesma fonte, a Transportadora Aérea de Cabo Verde (TACV) estava mergulhada numa dívida de milhões e a depender dos cofres do Estado para sobreviver.
“Os parceiros e países amigos tinham suspendido a ajuda financeira ao Estado de Cabo Verde por não aceitarem que a TACV dependesse do suporte financeiro do Ministério das Finanças. Paralelamente um avião foi arrestado na Holanda e os dois ATRs já não pertenciam a TACV. Ou seja, encontrou-se uma companhia sem aviões”, disse.
“O Governo assumiu as rédeas da situação e definiu um caminho: retirou-se do mercado dos voos domésticos, porque existia um operador privado – a BINTER – com capacidade para assegurar os voos internos, e manteve o negócio internacional da TACV, por acreditar que a Companhia tinha e continua a ter um papel essencial na criação do HUB da Ilha do SAL, e porque existe uma diáspora espalhada pelos quatro continentes”, acrescentou.