O PAICV classificou de “desonestidade sem limites” o facto de o Governo cabo-verdiano ter justificado a sua “propaganda fora do período eleitoral” com o facto de que o anterior Executivo, apoiado pelo PAICV, também o tinha feito.
Para o líder do Grupo Parlamentar do maior partido da oposição, Rui Semedo, a justificação usada pelo Governo para “reagir às críticas” demonstra que o mesmo “não sabe comunicar” e que usa uma desculpa que, para além de ser “esfarrapada, fere o estado de sanidade mental das pessoas”.
A posição do dirigente foi feita em declaração política. “Dizer que se faz assim porque os outros fizeram é de uma desonestidade sem limites”, salientou, tendo acrescentado que a formação política que representa nunca usou as “fragilidades das pessoas” de forma “tão vil, descarada e tão despudorada”.
Na perspetiva dos eleitos do PAICV, o conteúdo do “produto propagandista” do Governo contempla as áreas em que os resultados são “mais débeis ou praticamente inexistentes”.
Por sua vez, o vice-presidente da bancada do MpD, Miguel Monteiro, disse que os parlamentares do PAICV fizeram tal declaração política porque lhes correu mal o debate de quarta-feira, 29 de maio, com o primeiro-ministro, cujo tema era o crescimento económico de Cabo Verde nos últimos três anos.
Já o líder da UCID, António Monteiro, mencionou ser “estranha a forma” como o Governo do MpD está a fazer a publicidade e lembrou que, no passado, o seu partido também estranhou a forma como o Executivo liderado pelo PAICV fazia a publicidade das suas realizações.
“A melhor de publicidade que se possa fazer é fazer as coisas acontecerem para que as pessoas sintam que nas suas vidas há mudança pela positiva, porque o Governo que elegeu está a trabalhar nesse sentido”, indicou , ajuntando que quando “não existem resultados palpáveis” recorre-se a “subterfúgios para fazer passar a imagem de que se está a fazer muita coisa”.
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Interesante