Cabo Verde: PAICV acusa Governo de esconder contrato

Carla Lima Vice-Presidente da Bancada Parlamentar do PAICV Cabo Verde

O PAICV acusou o Governo cabo-verdiano de violar, intencional e deliberadamente, as leis da República, ao recusar fornecer informações relacionadas com dossiers relacionados com a gestão do país.

A principal formação política da oposição em Cabo Verde citou o contrato assinado entre o Estado, a companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) e a Loftleidir em março deste ano, nas vésperas das eleições legislativas.

As acusações foram feitas pela Vice-Presidente da Bancada Parlamentar do PAICV, Carla Lima, durante uma conferência de imprensa realizada na cidade da Praia. “É uma total falta de transparência nos negócios públicos, principalmente quando falamos do negócio da TACV, que desde o início tem sido marcado por esse secretismo por parte do Governo”, criticou.

“Desde o início, desde o primeiro contrato, [o Governo] teve muitas dificuldades em disponibilizar esses documentos aos deputados, e só o fez em último caso. Agora com este novo contrato, de 21 de março, acontece a mesma coisa. Mesmo perante um requerimento aprovado pela unanimidade dos deputados na Assembleia Nacional, o Governo recusa-se a entregar o documento, o que nos leva a questionar o que e que estará o Governo de Ulisses Correia e Silva a esconder ou a querer esconder dos cabo-verdianos ou da Assembleia Nacional”, prosseguiu.

Segundo a dirigente, desde 30 de julho de 2021, durante o debate sobre o estado da Nação, o Grupo Parlamentar do PAICV apresentou um requerimento à Mesa da Assembleia Nacional a pedir que o Governo entregasse aos deputados o contrato assinado entre o Estado de Cabo Verde, os TACV e a Loftleidir. No entanto, após dois meses, o partido continua sem ter o contrato, mas garante que não vai desistir.

“Esta falta de transparência por parte do Governo, leva-nos a questionar os reais motivos deste negócio e leva-nos também a questionar como foi possível fazer um negócio tão ruinoso para o Estado de Cabo Verde, e para os cabo-verdianos. Não podemos esquecer que neste momento os cabo-verdianos não têm voos, não tem ligações aéreas por parte da TACV, e já foi gasto muito dinheiro numa empresa que nós vendemos, e nós não recebemos”, concluiu.

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