O líder da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em São Vicente, Adilson Jesus, pediu ao presidente Augusto Neves que fosse implementado o memorando de entendimento e feitas pontes para “sanar ilegalidades” existentes no funcionamento da câmara municipal, refere a “Inforpress”.
Segundo o dirigente, o maior partido da oposição em Cabo Verde tem acompanhado com “muita preocupação e acuidade” a situação de São Vicente, devido ao “bloqueio” no funcionamento da edilidade.
Trata-se de uma situação que, de acordo com Adilson Jesus, tem impactado “negativamente o processo de desenvolvimento, contribuindo para um clima de incerteza no futuro da ilha”. Estas foram afirmações feitas durante uma conferência de imprensa, realizada nesta terça-feira, 03 de maio, no Mindelo.
“Com a postura intolerante ao diálogo que se assiste na Câmara Municipal de São Vicente, não se conseguirá criar as condições para consensos, que possam permitir o funcionamento normal das instituições da Câmara e Assembleia Municipais”, observou.
O político lembrou que as eleições autárquicas de 2020 resultaram numa câmara pluralista com vereadores do PAICV, MpD e UCID. A democracia “só se realiza no diálogo”, concluiu, criticando o facto de ainda não ter sido possível organizar uma sessão camarária em 2022, numa altura em que se está quase a meio do ano.