A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em Santiago Norte denunciou a situação de “insegurança e violência urbana” que disse existir no Tarrafal, mencionando que a mesma não tem merecido a devida atenção por parte das autoridades.
“Tarrafal é um concelho conhecido pela sua tranquilidade, morabeza e paz social. Um concelho com pessoas humildes e de bom trato, pessoas amigas, acolhedoras, simpáticas e amáveis. Mas o que tem estado a acontecer é preocupante, porque os moradores e operadores turísticos não têm tido o sossego e nem segurança nas suas próprias residências e nem nos hotéis e pensões”, declarou o porta-voz da CPR do PAICV em Santiago Norte, Ronaldo Cardoso.
A denúncia foi feita nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, em Ponta d’Atum, no Tarrafal, durante uma conferência de imprensa para fazer um pronunciamento público, na sequência da visita às comunidades e das denúncias da população sobre “a gravíssima situação de insegurança e violência urbana” vividas no referido município do interior de Santiago, principalmente nas zonas de Ponta d’Atum e Achada Baixo.
Devido a esta situação, o membro da CPR do maior partido da oposição observou que as moradias modernas estão a perder totalmente as suas estéticas originais, isto porque, ajuntou, estão com grades para garantirem o “mínimo de segurança”.
Para sustentar as afirmações partilhou vários casos de assaltos às famílias dentro das suas próprias residências, a iates na baía, a turistas e emigrantes em férias, em que os ladrões levaram objetos de valores, entre os quais dinheiro, ouro, prata, roupas, telemóveis, computadores, eletrodomésticos e mobiliário, entre outros.
Foi também relatado um caso recente, cujo morador foi “atacado, assaltado e assassinado na sua própria casa”, situações que, para Ronaldo Cardoso, têm deixado os emigrantes com medo de regressarem às suas habitações.
O político lamentou o facto de, apesar de as famílias terem apresentado queixa junto das autoridades, nada ser resolvido e nem levada para tribunal.