O PAICV criticou novamente o Orçamento do Estado (OE) para 2021, tendo dito que o mesmo era “eleitoralista”. No entanto, o MpD, partido no poder, defendeu-se dizendo que o documento era “determinante para a retoma e recuperação económica” do país.
Para o presidente do grupo parlamentar do PAICV, Rui Semedo, o OE, atualmente em discussão no Parlamento, “tal qual está desenhado parece não ter as respostas” para estruturar reformas “tão fundamentais para garantir a sustentabilidade do percurso do país” e, ao mesmo tempo, “garantir uma governabilidade saudável nestas ilhas”.
Este orçamento, continuou, surge num “contexto particular de incertezas e de imprevisibilidade”, mas também de “muitas tentações”. Isto porque, esclareceu ainda, está “em período de pré-campanha com uma maioria com todos os sensores voltados para as legislativas”.
Semedo frisou igualmente que a atual conjuntura “não favorece” a tomada de medidas com “racionalidade e bom senso”, como a situação de Cabo Verde “bem exige”, para não se comprometer e nem hipotecar o futuro do arquipélago.
Em reação a todas estas críticas, a líder do grupo parlamentar do MpD, Joana Rosa, acusou Rui Semedo de “incitar à violência” com o seu discurso. Segundo a deputada, a proposta do OE prioriza a segurança no pós-Covid-19, a recuperação económica e o relançamento do turismo, além da aposta no Cabo Verde digital e na governação eletrónica.