A discussão na generalidade da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2022 vai começar esta quarta-feira, 24 de novembro, no Parlamento de Cabo Verde. Trata-se da segunda sessão plenária deste mês na Assembleia Nacional.
O PAICV já informou que vai votar contra o documento, por considerar que o mesmo apresenta “altos custos” para o povo cabo-verdiano. Isto porque diz estar previsto o aumento de impostos e a desvalorização do salário real no arquipélago.
A posição foi divulgada numa conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, dia 23, para balanço das jornadas parlamentares. Segundo o dirigente do grupo parlamentar do PAICV, João Baptista Pereira, os cidadãos vão ter de suportar o aumento do custo da água e de eletricidade em 37%, bem como a subida no Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) de 15% para 17% e o aumento de dois mil produtos em direitos de importação em 5%.
“Cabo Verde neste momento está classificado com o risco de incumprimento”, disse, ao comentar o crescimento do défice da dívida pública. O político criticou igualmente o aumento dos custos do “Governo mais gordo na história de Cabo Verde”, uma vez que é constituído por muitos membros.