A deputada Zenaida Borges, do PAICV, pediu ao Governo, mais precisamente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, para expandir o programa de luta pela igualdade e equidade de género às comunidades emigradas.
Assumindo-se como porta voz das comunidades emigradas devido à sua missão de deputada, Zenaida Borges, que falava em declaração política no Parlamento, no período de Questões Gerais, sugeriu que este alargamento seja feito em concertação com os setores da Família e Solidariedade Social e ainda o setor da Justiça, tornando a luta “muito mais abrangente” e cobrindo “todas as mulheres e homens cabo-verdianos”, dentro e fora do país.
“É preciso estender esta luta à nossa diáspora e integrá-la também no processo. Mas desejamos uma integração efetiva e com respaldo nos diferentes orçamentos, quer do Estado, como das setoriais”, declarou, considerando que essa efetivação poderá ser feita com projetos próprios financiados através da cooperação externa, bilateral e multilateral vocacionados para a diáspora, de forma a que se assuma, “por inteiro” e nas suas diferentes dimensões, o paradigma segundo o qual “ninguém deva ficar de fora”.
Para tal, a representante do maior partido da oposição em Cabo Verde sugeriu a criação de uma organização de “mulheres emigradas”, que teria como objeto a promoção da equidade de género nas comunidades emigradas, a luta contra todo o tipo de violência em relação às mulheres, crianças, adolescentes, homens e idosos e a cidadania, além do empoderamento da mulher emigrante.