A dirigente do PAICV apelou nesta quinta-feira, 17 de dezembro, para que o processo eleitoral fosse feito “com muita transparência”. Principalmente para permitir a participação de todos os cabo-verdianos, sem condicionamento e de forma livre, continuou.
O pedido de Janira Hopffer Almada foi partilhado com a imprensa à saída da audiência com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca. Para a líder do maior partido da oposição no arquipélago trata-se do momento em que a Comissão Nacional das Eleições (CNE) deve estar atenta e corrigir as falhas.
Na sua declaração, chamou a atenção da CNE para que se mantenha atenta em relação a alguns fenómenos denunciados, particularmente uma feita pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, em que afirma que houve situações de compra de Bilhete de Identidade no país.
“Uma informação desse nível vinda de um primeiro-ministro deve ser averiguada, pois quem compra é porque pode e quem tem autoridade deve fazer averiguações e aferir de onde provém esta postura, prevenido para que este tipo de situações não se repita”, defendeu.
Além da marcação das eleições, disse ainda é também importante a criação de condições necessárias para que o povo possa exercer o seu direito ao voto. Desta forma, mostrou-se preocupada com o recenseamento no estrangeiro, alegando ter informações de várias partes do mundo onde existem comunidades cabo-verdianas com recenseamento muito atrasado.
Quantos às legislativas, defendeu que seja cumprido o quadro legal. Isto significa que quer que os dispositivos constitucionais legais no país estabeleçam prazos para a marcação das datas das eleições.