A líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, alertou nesta terça-feira, 14 de abril, para a necessidade de ser assegurado, em caso de prolongamento do estado de emergência em Cabo Verde, o regular funcionamento das instituições e a melhoria das medidas para as famílias mais carenciadas.
A declaração foi feita à imprensa após a dirigente do maior partido da oposição ter sido recebida em audiência pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, no quadro das audições do chefe de Estado para decidir prorrogar ou não o estado de emergência.
Quando questionada sobre o posicionamento do PAICV em relação à prorrogação ou não deste estado, respondeu que a organização política que representa não possui dados para fazer uma abordagem mais “aprofundada” e “concreta” no que diz respeito à situação epidemiológica do país, uma vez que o Governo não lhe disponibilizou os dados.
“Para nós naturalmente que qualquer avaliação pressupõe o conhecimento de dados, e o PAICV não tem dados mais aprofundados porque não nos foram disponibilizados pelo Governo. Neste caso, pronunciamos de acordo com as análises que fazemos com as informações que são avançadas na comunicação social e do conhecimento de qualquer cidadão”, explicou.
Segundo a própria, para o partido o que está em causa não é o estado de emergência, mas sim que, em havendo a prorrogação do mesmo, será necessário garantir o funcionamento das instituições, inclusive do próprio Parlamento, bem como a melhoria das medidas para as famílias mais carenciadas.
Hopffer Almada frisou que “não é admissível” que num estado de emergência o Parlamento, que deve funcionar e debater sempre na perspetiva de assumir a função que o povo lhe conferiu, fique a atuar de “forma amputada” e que haja “um apagão da democracia”.