O PAICV acusou o MpD de ter aumentado as taxas moderadoras na saúde. A crítica deve-se ao facto de o partido no poder ter feito então o contrário daquilo que prometeu na campanha eleitoral de 2016, além de contrariar o que vem sendo publicitado recentemente, relacionado com a alegada redução das taxas moderadoras de saúde.
A posição da maior formação política na oposição em Cabo Verde foi divulgada através de Ledo Pontes. O deputado nacional criticou ainda a ausência de um serviço de TAC durante os quatro anos de governação para o qual o MpD tinha prometido uma forte política social na saúde.
“Tudo não passou de uma grande retórica, que tinha como único fim ganhar a eleição. Os custos com a saúde aumentaram, afetando sobretudo as pessoas vulneráveis e com baixo rendimento”, observou.
“Registaram-se várias denúncias de pessoas que ficaram retidas no Hospital Agostinho Neto porque não tinham dinheiro para pagar o internamento e muitos outros ficaram provados do acesso aos cuidados de saúde por falta de recursos”, acrescentou.
Pontes denunciou uma nova tabela acabada de publicar e que aumenta as taxas em alguns casos em 100%. “A inscrição no banco de urgências de adultos que era de 100 passou para 200 escudos diurno e 150 para 250 noturno. Aumentou em 100% e 66,7% , respetivamente. Os internamentos nos hospitais regionais passaram de 1000 escudos para 2000 escudos, portanto um aumento de 100%. O acesso de medicamentos, a marcação de análise clínicas e marcação de exames imagiológicos, a marcação de consultas e outros atendimentos, curativos e injeção passaram de 100 escudos para 150 escudos, sofrendo cada um individualmente um aumento de 50%”, expôs.