Os partidos com assento parlamentar foram ouvidos separadamente pelo Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, nesta quinta-feira, 15 de dezembro. O tema em cima da mesa foi a promulgação do Orçamento do Estado (OE) para 2023.
Em relação ao documento em questão, o MpD, partido no poder, mostrou-se otimista. Já o PAICV e a UCID, da oposição, falaram em descrédito.
Neves iniciou a audiência com o secretário-geral do MpD. Mais tarde, em declarações à imprensa, Luís Carlos Silva partilhou o seu otimismo com o argumento de que a economia “está a erguer-se e a se repor de pé”, e que “o pior já se passou”, cita a “Inforpress”.
“Sinceramente estou bastante otimista relativamente à execução final do Orçamento do Estado de 2022 e para 2023 esperemos que o ano seja muito melhor que 2022. Existem, sim, várias incertezas ainda e riscos que dependem do contexto internacional que 2023 possa apresentar, mas existem também sinais positivos que tem a ver, por exemplo, com questão da inflação”, realçou.
Por sua vez, o líder do PAICV, Rui Semedo, considera que “este Orçamento não dá resposta nem para as pessoas, nem para as famílias, nem para as empresas”, porque “não gere empregos, não dá respostas às empresas, não melhora o poder de compra correspondendo às perdas que têm havido, custo de vida e o aumento de preço que tem havido”.
Já o presidente da UCID, João Santos Luís, disse que “este Orçamento, em termos de reajuste salarial, discrimina uma boa parte dos cidadãos cabo-verdianos. Nós apresentamos propostas de alteração ao Orçamento, mas da forma como o Parlamento está formatado, a maioria não permite que se altere uma vírgula no Orçamento”.