A diretora do Gabinete do Processo Eleitoral (DGAPE) em Cabo Verde, Arlinda Chantre, afirmou que o gasto de abril até outubro nas eleições presidenciais corresponde, aproximadamente, a 300 mil contos (2.720 euros).
Em algumas candidaturas os valores arrecadados ajudaram a cobrir as despesas no “investimento” da caça ao voto, incluindo toda a propaganda de campanha. Esta envolve a criação de t-shirts, bandeiras, outdoors, cartazes, sites, entre outras coisas.
Estima-se que a candidatura de José Maria Neves, vencedor do sufrágio de 17 de outubro, tenha desembolsado entre 50 e 70 mil contos (entre 453 e 635 euros). Quanto à candidatura de Carlos Veiga, o valor estimado é de 115 mil contos (1.043 euros).
Em relação aos candidatos independentes, que não têm apoio de partidos políticos, também terão conseguido encaixar verbas significativas se se contar com os investimentos de campanha e, em alguns casos, quase inexistentes, se comparados com os candidatos apoiados pelos principais partidos.
Casimiro Pina, que ficou em terceiro lugar na votação, vai encaixar 2.507.250 escudos (22.738 euros). Seguem-se Hélio Sanches (14.399 euros) e Gilson Alves e Joaquim Monteiro, ambos acima de um milhão de escudos (mais de nove mil euros).
Isto porque o Código Eleitoral estabelece o valor de 750 escudos (6,8 euros) por voto à candidatura que receber pelo menos 10% dos votos válidos. Os candidatos são assim compensados com o dinheiro dos contribuintes.
Poupados 170 mil contos sem segunda volta
A diretora do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral estima em 170 mil contos (1.542 euros) a poupança que o Estado vai obter por não haver uma segunda volta para as presidenciais.
Para todo o processo eleitoral está contemplada uma verba de 300 mil contos (2.721 euros), declarou.