O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, apelou aos países africanos para que trabalhassem em articulação, e com outros parceiros internacionais, de maneira a que os africanos pudessem ter acesso o mais rápido possível às vacinas contra a Covid-19.
Este pedido foi feito no fim de semana, durante a intervenção do governante na 34.ª sessão ordinária da Conferência da União Africana (UA). O evento decorreu por videoconferência.
Jorge Carlos Fonseca falou após a apresentação do relatório da crise pandémica da Covid-19, feita pelo presidente em exercício da UA, Cyril Ramaphosa.
Para o político, os países africanos deveriam trabalhar em conjunto, em uma “única voz”, para que os “efeitos sociais e económicos” da crise pudessem também ser combatidos de “forma eficiente” pelos países da África.
Isto porque, continuou, a atual crise só faz crescer a desigualdade entre os países desenvolvidos e aqueles em vias de desenvolvimento, nomeadamente os países africanos, no que diz respeito a dificuldades de retoma económica, do emprego, de oportunidade para os jovens e dos próprios efeitos da crise sanitária.
A única esperança, concluiu, está na vacina. “Nós estimulamos a liderança da União Africana a tudo fazer, como os africanos, mas também em articulação com outras parcerias internacionais, para que o processo seja o mais rápido possível e as doses suficientes de vacinas possam chegar, digamos também, à população africana”, finalizou.
Recorde-se que a UA, criada a 11 de julho de 2000 para substituir a Organização da Unidade Africana, fundada a 25 de maio de 1963, é formada por 55 Estados-membros, incluindo os lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.