O Presidente da República de Cabo Verde declarou esta segunda-feira, 12 de novembro, que a agressão ocorrida entre os deputados Moisés Borges (PAICV) e Emanuel Barbosa (MpD) na passada sexta-feira, 09 de novembro, junto à Assembleia Nacional, “não é para fazer escola”, e que as responsabilidades “devem ser apuradas” com rapidez.
“Ninguém desejará que factos desses aconteçam no Parlamento ou em qualquer outra instância legitimada democraticamente”, disse Jorge Carlos Fonseca à imprensa, à margem da cerimónia de abertura do ano judicial, tendo garantido aos jornalistas que conhece o caso apenas através do que tem lido na comunicação e que não falou com outros órgãos de soberania sobre o acontecimento.
“Entendo que nestes casos as responsabilidades também devem ser apuradas, isto é, tem que se saber porquê aconteceu o facto e se há responsáveis”, reforçou o Chefe de Estado, acrescentando que, caso haja responsáveis apurados de forma adequada, “esta responsabilidade deve ser imputada”, tal como as suas consequências.
Quando questionado se essas consequências poderiam significar a expulsão ou suspensão do Parlamento dos deputados Moisés Borges e Emanuel Barbosa, o governante evitou prestar mais declarações, alegando apenas que não sabe o que de facto aconteceu entre os dois parlamentares.
Enquanto Emanuel Barbosa, eleito nas listas do MpD, alegou que foi agredido por Moisés Borges, o deputado do PAICV garantiu que respondeu a uma tentativa de ataque por parte do colega. Até ao momento desconhece-se a causa da discussão e quem a terá começado.