O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, desafia “quem souber” de situações de Violência Baseada no Género (VBG) a denunciá-las, indicando o nome de quem cometeu o acto. Isto porque, lembrou, trata-se de um crime público.
“VBG é um crime público. Quem saiba de algo deve fazer a denúncia e a denúncia não pode ser genérica, não há VBG praticado por uma instituição abstrata ou geral como Governo. É praticado por pessoas. Portanto, se houver indicação de quem, há o dever até de quem denuncia de indicar nome, e a Justiça, a partir daí, toma conta do processo até porque é um crime público”, afirmou, citado pela “Inforpress”.
Estas declarações surgiram em reação às recentes afirmações do ex-presidente do Conselho de Administração da Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC), Policarpo de Carvalho, que disse existir situações de VBG onde estavam envolvidos membros do Governo.
Policarpo de Carvalho apresentou há dias, em conferência de imprensa, o seu pedido de demissão da empresa, na sequência de acusações por VBG. Segundo o visado, está a ser vítima de um plano “muito bem montado” pelos seus “inimigos da parte do Governo”, e que alguns “já deveriam estar demitidos” por situações “muito mais terríveis”.