O primeiro-ministro cabo-verdiano afirmou numa entrevista que pretende que Cabo Verde seja um país atrativo para que consiga reverter o fluxo migratório e permitir o regresso de “quadros, técnicos e cidadãos” cabo-verdianos. Para Ulisses Correia e Silva, o país não pode ser “repulsivo” e sim um local onde as pessoas se “sintam bem e onde possa haver regressos, nomeadamente de quadros e técnicos, mas também de cidadãos que queiram continuar depois a sua vida em Cabo Verde”.
As declarações foram feitas à margem da II Gala “Cabo Verde Sucesso”, realizada este sábado, 01 de dezembro, no Convento do Beato, em Lisboa. O representante do Governo realçou a importância da diáspora, que pode “dar uma contribuição positiva para o país” através das competências e capacidades na área do empreendedorismo, da academia, da tecnologia e da participação política nos países de acolhimento.
De acordo com Correia e Silva, membro do Movimento para a Democracia (MpD), existem atualmente vários instrumentos em funcionamento para que se garanta que as referidas metas sejam atingidas, entre elas a mobilidade académica, através da qual os docentes podem lecionar cursos ou dar conferências em universidades cabo-verdianas e realizar o intercâmbio com outras universidades fora do país.
O político justificou a escolha de Lisboa para palco da segunda edição da gala “Cabo Verde Sucesso” devido às semelhanças com o projeto que ambiciona para Cabo Verde, querendo que o seu país alcance o estado de Lisboa, uma cidade que considera “simpática, acolhedora, com bom sentido de integração, multiculturalidade, moderna, cosmopolita e que hoje está a afirmar-se no mundo”. O evento foi realizado para homenagear 15 personalidades da diáspora cabo-verdiana que se destacaram nas suas comunidades, distribuídas por cinco categorias, entre elas Empreendedorismo, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desporto e Cidadania e Educação.