O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou nesta quinta-feira, 28 de novembro, que tem o objetivo de “reduzir para 20 mil”, em 2021, o número de jovens sem emprego, sem educação e sem formação, o que corresponde a 10% da população de Cabo Verde.
De acordo com o Chefe do Governo, a meta será alcançada através do contínuo investimento nos programas de formação e de estágios profissionais, bem como das políticas de acesso à inclusão, à educação e às políticas de “promoção e incentivos” ao empreendedor jovem e à “dinâmica do crescimento económico”.
As declarações foram feitas no debate sobre o emprego jovem, realizado no Parlamento, tendo esta sido uma iniciativa agendada a pedido do grupo parlamentar do PAICV, maior partido na oposição.
“Reduzir de forma significativa a proporção de jovens sem emprego, sem educação e sem formação é um dos objetivos do desenvolvimento sustentável que pretendemos atingir”, garantiu, acrescentando que as reformas do sistema educativo em curso estão a ter efeitos, resultando em “menos jovens que abandonam a escola”.
Para o ano letivo 2020/2021, o governante assegurou que vai haver “gratuitidade” completa do ensino, beneficiando, de acordo com as suas palavras, 53 mil adolescentes e jovens em todo o país. Até ao momento, ajuntou, o Governo disponibilizou 11.283 bolsas de estudo para o ensino superior, correspondentes a um investimento de mais de dois milhões de contos (18.138 euros).
Quanto às políticas de emprego, estas estão a “aumentar a empregabilidade através da massificação de formação profissional, reconversão profissional e estágios profissionais”.
“Aumentámos três vezes o investimento para a subsidiação da formação profissional”, disse o primeiro-ministro, revelando que o número de beneficiários de formação profissional subiu de 3.616 em 2016 para 5.082 de janeiro a setembro de 2019.
“Estamos conscientes dos desafios e vamos juntos vencê-los para reduzir de forma significativa o número de jovens sem emprego, sem educação e sem formação”, concluiu, prometendo continuar a “dinamizar” a economia das ilhas, com vista a criar “mais oportunidades de investimentos e de emprego”.