A secretária de Estado do Fomento Empresarial de Cabo Verde, Adalgisa Vaz, anunciou que o Fundo de Solidariedade Africano (FSA) colocou à disposição das empresas públicas e privadas do arquipélago um envelope financeiro de 300 milhões de euros para os próximos dois anos.
“Trata-se de um fundo que tem as exigências mínimas para intermediar operações que começam com o montante de sete mil contos, sendo que muitas vezes as instituições financeiras internacionais pedem o mínimo de acesso de 10 mil a 30 mil contos”, disse, citada pela “Inforpress”.
A informação foi avançada durante um encontro entre o FSA e as instituições públicas e privadas para a apresentação do Fundo e a assinatura de acordos de parceria com a Cabo Verde TradeInvest (CVTI), Pro-Garante, Bolsa de Valores de Cabo Verde e o Conselho Superior das Câmaras do Comércio e do Turismo.
Ainda de acordo com Adalgisa Vaz, o FSA tem interesse em projetos de pequena dimensão, onde o teto máximo vai até aos 28 milhões de euros.
“Esperamos que as entidades públicas e privadas venham tirar proveito dos serviços e produtos do FSA nas áreas como o apoio técnico e financeiro, a diáspora e aos investidores estrangeiros que pretendem investir em Cabo Verde, assistência na concessão de mecanismos de financiamento para empresas locais e da diáspora visando a diversificação da economia e a internacionalização das empresas cabo-verdianas”, declarou.
O FSA é uma instituição financeira multilateral, cuja missão consiste em apoiar os países membros com garantias de empréstimos bancários e emissões de obrigações para financiar operações ou projetos economicamente viáveis, nos principais setores de desenvolvimento. Com sede em Niamey, na República do Níger, iniciou operações em 1979 e tem, atualmente, 21 países africanos como membros.