Cabo Verde sofreu uma quebra de quase 40% nas receitas do Estado em janeiro, devido às consequências económicas e sanitárias causadas pela pandemia da Covid-19. Trata-se de uma perda de 21,8 milhões de euros.
Estes foram os dados revelados pelo Ministério das Finanças. No relatório pode ler-se que o desempenho resulta, nomeadamente, da “conjugação” da queda na arrecadação de impostos diretos (-40,1%), impostos indiretos (-32,1%) e Segurança Social (-27,5%).
As receitas totais da administração central cabo-verdiana registaram em janeiro os 2.411 milhões de escudos (21,8 milhões de euros). Já as despesas executadas desceram 3,6%, face ao mesmo mês de 2020, para 3.160 milhões de escudos (28,6 milhões de euros).
Nas receitas, o Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares (IRS) caiu em janeiro 28,2%, para 323,5 milhões de escudos (2,9 milhões de euros). “Quanto ao desfasamento em face às metas, ainda não se verifica a recuperação da economia esperada ao longo do ano, com impacto no emprego e nos rendimentos das pessoas singulares”, lê-se ainda.
Quanto aos impostos indiretos, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) teve uma quebra de 37,1% em janeiro, quando comparado com o mesmo mês de 2020, antes dos efeitos da pandemia, para 917,5 milhões de escudos (8,3 milhões de euros).