Cabo Verde: Renovação do Estado de Calamidade discutida hoje

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou que irá ser decidido nesta sexta-feira, 30 de outubro, no Parlamento, se ocorrerá, ou não, a renovação do Estado de Calamidade em vigor. Tal servirá para fazer face à pandemia da Covid-19.
Segundo o chefe do Executivo, este tomou “atempadamente” medidas de proteção sanitária, económica e social. Foi feito um investimento na capacitação laboratorial e na testagem, bem como em equipamentos e materiais de saúde, em equipamentos de proteção individual, em recursos humanos e na sensibilização, comunicação e informação sobre a Covid-19.
Por sua vez, o PAICV alertou para a profunda crise económica. A líder do maior partido da oposição no arquipélago declarou, na sequência do discurso do primeiro-ministro feito na quarta-feira, 28 de outubro, que só o diálogo e a concertação vão ser capazes de assegurar que Cabo Verde vença a crise provocada pela pandemia da Covid-19.
Já a líder da Bancada Parlamentar do MpD, Joana Rosa, afirmou que a disponibilidade do PAICV para fazer face à crise provocada pela pandemia chega com nove meses de atraso.
“Registamos a disponibilidade, agora manifestada por alguns sujeitos políticos. Temos várias vezes clamado o engajamento de todos porque os cabo-verdianos estão cientes que a Covid é um problema de todos e não só de quem governa. Com nove meses de atraso é que recebemos a disponibilidade do PAICV em colaborar”, disse a representante da formação política no poder.
O presidente da UCID, António Monteiro, defendeu a diversificação da economia cabo-verdiana para evitar o sufoco provocado pela pandemia da Covid-19, devido à dependência do setor do turismo.