A presidente do conselho de administração da TACV, Sara Pires, informou que a companhia aérea necessita dispensar cerca de 42 dos mais de 200 trabalhadores para manter o equilíbrio. No entanto, realçou que tal só acontecerá em último caso.
A afirmação foi feita aos jornalistas a meio de uma audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Nacional, relacionada com a privatização da TACV.
“A empresa precisa ser redimensionada para fazer jus ao número de aparelhos que nós temos previsto operar. São três aparelhos e com isso registamos o excesso de pessoal que tem de ser dispensado. Nós priorizamos o acordo de pré-reforma e mútuo acordo. Despedimentos será sempre em último caso e este processo tem estado a decorrer de uma forma natural”, esclareceu.
O maior desafio da administração da TACV, prosseguiu, é manter a companhia a voar, principalmente numa altura em que a situação financeira da empresa agravou-se com o aumento dos preços dos combustíveis.
Segundo Sara Pires, “aquilo que depender de nós tudo faremos para que a empresa possa atingir um grau de sustentabilidade e não dependa dos avais do Estado para sobreviver”. Salientou, contudo, que há fatores externos que a administração não controla e que poderão ditar a necessidade de a empresa precisar de ajudas do Estado.
Apesar de um cenário menos favorável, disse estar “otimista”. A retoma das operações em dezembro do ano passado tem estado a decorrer num “bom ritmo”, com uma taxa de ocupação que considera “boa” na rota de e para a Praia, com média de 80%.