O vice-presidente da UCID, João Santos Luís, afirmou que o partido sente-se agastado com a gestão do presidente da Câmara Municipal de São Vicente (CMSV), Augusto Neves.
A crítica foi feita na conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, 29 de abril, em São Vicente. O dirigente lembrou que os vereadores profissionalizados eleitos pela UCID e pelo PAICV continuam sem competências definidas em relação aos pelouros que detêm.
“Passando já cinco meses das eleições, da tomada de posse, todos os vereadores já podiam ter as condições físicas de trabalho e com competências devidamente delegadas. Tanto quanto sabemos, apenas os vereadores que transitaram da equipa anterior têm tarefas definidas e com competências associadas aos pelouros que estão sob a sua responsabilidade”, acusou.
Assim, prosseguiu, o presidente da CMSV parece querer criar uma crise política na gestão da autarquia, uma vez que não resolve o problema em questão. “O senhor presidente Augusto Neves não tem o poder absoluto e não admite partilha de poder. Claramente, pretende criar uma crise política na gestão da CMSV”, concluiu.
No entanto, para solucionar o caso, a UCID indicou o diálogo. Isto porque considera que a destituição não é a melhor via, principalmente numa altura em que a ilha enfrenta outros problemas “mais urgentes”, nomeadamente a nível sanitário.