A UCID disse que o orçamento da Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) para 2021, aprovado na sessão camarária na segunda-feira, 18 de janeiro, não possibilita a geração de recursos, apesar de permitir o funcionamento da câmara.
Foi por este motivo que o partido da oposição, liderado por António Monteiro, decidiu abster-se durante a votação do referido orçamento. As declarações foram feitas nesta terça-feira, 19 de janeiro, durante uma conferência de imprensa.
“O valor global do orçamento é de um bilhão e 40 milhões de escudos. Apesar de estarmos perante um orçamento meramente doméstico, o mesmo permite o funcionamento da Câmara Municipal. Porém, não permite gerar recursos nem criar uma forte economia para a ilha de São Vicente. Daí o nosso voto abstenção”, declarou um dos vereadores da UCID, Anilton Andrade.
Os democratas-cristãos referiram ainda que tiveram “pouco tempo” para estudarem o documento, o que condicionou a apreciação do mesmo. Os “valores confusos e pouco evidentes”, como, por exemplo, na rubrica “Outras despesas”, fizeram com que optassem pela abstenção.
“Esta rubrica não pode ser um saco em que cabe tudo. Isso implica que não saibamos efetivamente o valor determinado para cada área e quais são as mais beneficiadas. Por outro lado, o valor em dívida para com entidades bancárias, cerca de 10% do orçamento geral, [quase 95 mil contos] requer que a Câmara tenha menos encargos e despesas para que não fique à margem da liquidação”, afirmou igualmente Anilton Andrade.
O PAICV preferiu abster-se também na votação. Já os vereadores do MpD votaram a favor. Cabe agora à Assembleia Municipal aprovar os instrumentos de gestão.