O líder da UCID, António Monteiro, acusou os anunciados candidatos às autárquicas Augusto Neves (MpD) e Nélson Lopes (independente) de distribuírem camisolas e máscaras faciais. Isto porque considera que essas ações são ilegais em vésperas de eleições.
Monteiro, que é igualmente candidato do partido que representa à Câmara Municipal de São Vicente, expôs a situação numa conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira, 26 de agosto, no Mindelo.
O dirigente mencionou uma deliberação recente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), datada de dia 21, para afirmar que a preocupação da UCID saiu reforçada com esta deliberação. A mesma indica “de forma clara e objetiva” que as camisolas e as máscaras “não são consideradas adornos” e que, como tal, a oferta “está proibida” em tempo de eleições.
Foi também partilhada a medida relacionada com o facto de, se a CNE identificar candidatos com essas camisolas e máscaras, esse material ter de ser apreendido e devolvido ao Estado. António Monteiro classificou esta atitude como “correcta porque vem repor a verdade dos factos” e o sentido que os legisladores, em 2010, ao aprovarem o Código Eleitoral, quiseram impor.
No entanto, criticou que as contraordenações não são “suficientemente fortes” para impedir que os praticantes continuem a fazer essa distribuição. “Neste caso em concreto o crime parece compensar, pelo que a UCID pede à CNE para, além da apreensão dessas camisolas e máscaras que já estão a circular, criar outros mecanismos para controlar a proliferação desses adornos identificados”, concluiu.