O líder da UCID, António Monteiro, propôs ao Governo cabo-verdiano a criação de um monumento em homenagem às vítimas de tortura de 31 de agosto em Santo Antão.
Foi em conferência de imprensa, realizada nesta segunda-feira, 31 de agosto, que o dirigente defendeu que, apesar do Governo ter feito um esforço para compensar financeiramente as pessoas envolvidas “neste processo” de 31 de agosto, “só este esforço não é suficiente”.
“É preciso, acima de tudo, marcar esta data com a construção de um monumento na zona onde tudo ocorreu para perpetuarmos na história de Cabo Verde. Todos sabemos que não é, nem de perto nem de longe, uma data que devemos relembrar com satisfação”, defendeu.
Para o presidente da UCID, os governantes “têm que fazer muito mais” para que os cidadãos se sintam “livres de qualquer tipo de pressão” dentro daquilo que manda a lei e a Constituição da República do arquipélago, e, acima de tudo, “comprometidos com o desenvolvimento de Cabo Verde”.
“O Governo deve ter atitude proativa para que o cidadão comum não sinta receio de se envolver nesta luta da democracia, que para nós começou a 31 de agosto de 1981, porque foi a partir dali que o regime do partido único sofreu o seu primeiro abalo”, concluiu.