O líder da UCID, João Santos Luís, elogiou nesta terça-feira, 21 de junho, as medidas tomadas pelo Governo para mitigar a situação de emergência social e económica de Cabo Verde. No entanto, disse esperar pelo impacto dessas medidas na vida das pessoas.
O dirigente quer saber como o Governo vai gerir os cerca de nove milhões de contos até ao final de 2022, uma vez que “se está a alterar muitas receitas do Orçamento do Estado e ainda não se ouviu o Governo a dizer que vai levar um orçamento retificativo”, cita a “Inforpress”.
Para que o dinheiro seja gerido com “transparência e rigor”, defendeu, deve ser feito esse esclarecimento. Ainda assim, disse estar “confiante” de que o Governo vai arrecadar os montantes apresentados para mitigar e minimizar o sofrimento das famílias, das empresas e da própria economia do arquipélago.
João Santos Luís considera que “o país não tem sido preparado para enfrentar desafios e situações de crise” e que “os sucessivos governos têm feito uma gestão diária e não pensam o país, porque se pensassem e fizessem planos para Cabo Verde, neste momento, mesmo com a crise, o país conseguiria amortecer e aguentar as crises que estamos a viver”.
As medidas de reação à crise são “muito mais caras” do que as de prevenção, concluiu. Como tal, Cabo Verde “precisa de uma outra orientação política para o colocar num rumo diferente do vivido até agora”.