O líder da UCID, João Santos Luís, considera importante o “país proteger as instituições democráticas, para se livrar das manifestações que têm vindo a acontecer a nível internacional”. Esta afirmação surge após os protestos ocorridos no Brasil no domingo, 08 de janeiro.
O dirigente partilhou a sua opinião com a imprensa nesta terça-feira, dia 10. Apesar de considerar o ano de 2023 bastante desafiante, principalmente no consenso parlamentar, disse esperar que o Parlamento cabo-verdiano esteja à altura para responder aos desafios que o país e instituições necessitam para funcionarem bem num Estado de Direito Democrático.
“Podemos dizer que tem sido feito um grande esforço, por todos os governos que têm governados o país, mas temos também de admitir que a nossa democracia é muito jovem e que precisa de cuidados. Temos alguns sinais e todos os atores políticos, todos os cidadãos, devem trabalhar no sentido de fortalecer-lha, ainda mais, e trabalhar para o processo de consolidação democrática”, concluiu, citado pela “Inforpress”.
João Santos Luís lembrou que Cabo Verde sempre funcionou com governos de maioria absoluta que funcionam basicamente como “partido do regime único, com simulações de diálogo”. Por isso, pediu ao Governo que se “abra ao diálogo” com todos os sujeitos parlamentares, porque a democracia “não passa somente pelo ganho das eleições”.
“Há muitas coisas que podem ser resolvidas no Estado de Direito Democrático, nomeadamente o crescimento da economia para que os cidadãos possam ser independentes”, defendeu.