O Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde (INE) revela que o envelhecimento no país poderá ver um aumento exponencial, o que representa cerca de 50% da população ser idosa até 2030. A informação foi transmitida pela consultora internacional Karla Giocomin esta terça-feira, durante a apresentação do Plano Estratégico Nacional para Cuidado e o Envelhecimento Ativo para o horizonte 2017-2021, refere o jornal on-line cabo-verdiano Expresso das Ilhas.
Karla Giocomin alertou para o facto de Cabo Verde não conseguir aumentar os custos de saúde, caso o envelhecimento aumente com tanta rapidez, em tão pouco tempo. Por isso, sublinhou que “os cuidados com uma pessoa idosa, com alguma incapacidade, têm custos três vezes maior do que com uma pessoa independente, razão por que a saúde tem de trabalhar para uma abordagem multidirecional visando uma atenção integral”.
Como soluções, Karla Giocomin apontou a “organização dos serviços de saúde para que o atendimento seja feito primeiro nos centros de saúde, pois, com o aumento de esperança de vida, que do sexo masculino é de 72.2 anos e do sexo feminino 82.2 anos, tudo pode complicar-se”.
Para Karla Giocomin a intervenção deve também começar nos mais jovens, e realçou que “a velhice não é ter 60 e 70 anos, ela depende do que construímos hoje para que possamos colher um amanhã diferente”, refere o mesmo órgão de comunicação.