Segundo “A Semana”, o Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) denunciou “graves atropelos à democracia que estão a acontecer na Casa Parlamentar e de outras formas disfarçadas em toda a sociedade cabo-verdiana”. Este partido considera que o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, não tem sido capaz de desempenhar o cargo com a imparcialidade que todos os eleitos esperam dele.
José Veiga, vice-presidente do PAICV, denuncia que o presidente da Assembleia Nacional (AN), Jorge Santos, inviabiliza o funcionamento dos trabalhos parlamentares e põe em perigo a democracia cabo-verdiana.
O dirigente explica que na sessão parlamentar de quarta-feira, o Grupo Parlamentar do PAICV solicitou a suspensão dos trabalhos “como forma de protesto à tentativa deliberada do presidente da AN que, apoiado pela ala radical dos deputados do Movimento para a Democracia (MpD), vem tentando insistentemente silenciar os deputados do PAICV”.
“Estamos perante uma situação gravíssima”, criticou o vice-presidente do PAICV, acrescentando ainda que Jorge Santos não está a conseguir dominar os principais institutos regimentais e que a atuação dele só acontece por estar a ser pressionado pela ala radical do MpD”, manifesta.
José Veiga acusou igualmente Jorge Santos de ter uma atitude discriminatória em relação ao PAICV e aos seus deputados, um comportamento que, segundo ele, desqualifica a Assembleia Nacional, o poder legislativo e o estatuto da oposição democrática. “Todos temos constatado que a direcção da Mesa da AN e dos trabalhos parlamentares têm sido um desastre autêntico nesses meses da nova legislatura”, critica o político, acusando ainda a mesa da AN de discriminar o seu Grupo Parlamentar.
O Grupo Parlamentar do PAICV garante que vai lutar com todas as suas forças e meios legais, em defesa da democracia, “de forma serena e responsável, para fazer face à esta tentativa de silenciar a oposição democrática”.