A crescente contestação dos partidos da oposição, em Goa, às empresas farmacêuticas locais que recrutam trabalhadores fora do Estado, levou à suspensão de dois processos de recrutamento em curso. O movimento alega que as empresas estão a evitar a contratação de goeses, não contribuindo para a empregabilidade local.
A empresa Indoco Remedies Limited foi a primeira a cancelar as entrevistas agendadas noutros estados, após a intervenção do ministro-chefe, Pramod Sawant. Seguiu-se a Encube Ethicals, que também está a enfrentar críticas pelas mesmas razões, tendo igualmente suspendido as entrevistas presenciais programadas.
As empresas farmacêuticas constituem uma parte significativa do setor industrial e empregador de Goa, uma região que apresenta uma das mais altas taxas de desemprego do país.
A oposição acusa o governo de renegar a sua promessa de que as empresas farmacêuticas sediadas no estado dessem preferência aos candidatos locais nos seus processos de contratação.
A reserva de empregos para os habitantes locais é há muito uma questão política, em Goa. O Partido do Congresso já solicitou ao governo que apure qual a percentagem de funcionários goeses em todas as indústrias farmacêuticas, instando as autoridades a tomarem medidas que garantam que 80% de empregos sejam destinados aos goeses.