O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anunciou a extinção do Alto Comissariado para a Peregrinação, por este não ter conseguido levar os 325 candidatos à peregrinação a Meca.
À sua chegada do Senegal, onde participara na Cimeira da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), Sissoco Embalo já garantiu que os responsáveis serão responsabilizados e anunciou que em 2023, não haverá o envolvimento do Governo nos assuntos da peregrinação a Meca.
O chefe de Estado confirmou também que os peregrinos que não conseguiram ir à Meca serão compensados com uma viagem à cidade Santa para cumprirem a “pequena peregrinação”, e terão a oportunidade de visitar Meca e Medina, assim como serão reembolsados das somas já pagas e que em 2023 serão a prioridade do Estado.
Sissoco Embalo lembrou que a Guiné-Bissau é um Estado laico e que não pode estar sistematicamente envolvido nas questões religiosas, sublinhando que só compete ao governo apoiar e facilitar todo o processo, mas não pode se envolver.
O Director Executivo do Alto Comissariado para a Peregrinação, Henri Mané, explicou que a não ida dos peregrinos guineenses a Meca, foi devido ao incumprimento dos compromissos das companhias aéreas contratadas para o transporte dos candidatos, e acrescentou que terão pago duas companhias, mas estas não vieram e tentaram com três, incluindo uma de egípcia e outra da Turquia, sem sucesso.
Manifestou também disponível a reembolsar o dinheiro aos candidatos, incluindo custos de testes de Covid-19.