Após a detenção de Alqueia Tambá do “Movimento de Salvação do PRS (Partido da Renovação Social) em Memória de Kumba Ialá”, associado a uma das listas concorreres à liderança do partido, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) “exigiu a libertação imediata e incondicional” do dirigente do PRS cuja detenção de “atitude arbitrária, invasiva e violadora dos direitos fundamentais [por porte do Ministério do Interior]”.
A Liga exortou também o Ministério do Interior “a respeitar os procedimentos legais no exercício das suas funções, adequando assim a sua conduta aos ditames do Estado de Direito”.
A LGDH adiantou ainda que “informações disponíveis dão conta que após a sua detenção, os agentes do Ministério do Interior confiscaram-lhe o telemóvel, violaram a privacidade das suas comunicações para averiguar com quem e o que tem andado a conversar”.
Alqueia Tambá afirmara que nunca reconheceria o Presidente Umaro Sissoco Embalo como chefe de Estado, devido a que “o que houve no dia 27 de Fevereiro de 2020 [tomada de posse] foi um golpe de Estado”. Acusara também o Presidente da República de “corrupção, através de viagens” que Alqueia Tambá considerou serem prejudiciais para o Tesouro público.
“Não podemos admitir um presidente que não zela pela saúde e educação da sua população, agravado com registos de constantes sequestros dos cidadãos”, afirmara Alqueia Tambá e durante uma conferência de imprensa anunciara que pretendia organizar uma manifestação para dizer “basta”, porque, segundo afirmou, “não se pode admitir que o país seja vendido”.
O mesmo dirigente político declarara ainda que na projectada manifestação ninguém seria espancado, e ameaçara que “qualquer policia que o fizer será igualmente espancado”.