Guiné-Bissau: Advogado Marcelino Ntupe espancado por homens armados

GB Marcelino Intupe

Um grupo de homens armados espancaram esta terça-feira, 29 de Novembro, o advogado e comentador político, Marcelino Ntupe, noticiou a Rádio Capital FM.

“O advogado guineense, e conhecido comentador dos assuntos jurídicos da Rádio Bombolom FM, Marcelino Ntupe, foi espancado, na tarde desta terça-feira na sua residência, em Bissalanca, arredores de Bissau, por um grupo de homens armados”, informa a radio privada guineense. Marcelino Ntupe é um conhecido comentador crítico do  actual poder político.

Na manhã desta terça-feira, o comentador criticara “a marcha” contra a violência aos homens, promovida por um grupo de cidadãos”, mas na qual participara Tcherno Bari, conhecido como “Tcherninho”, chefe de segurança do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

“Ontem [segunda-feira] saíram à marcha para desviar a sociedade do essencial. Aquilo não é a marcha. ‘Marcha’ contra as mulheres? Neste momento quantas mulheres têm seus filhos que vão às escolas e que não sabem do paradeiro dos pais? O arroz se vende mais de que quantos mil, e ninguém manifesta”, observou Ntupe no seu comentário na Rádio Bombolom FM, esta terça-feira, quando teceu duras críticas à segurança do Presidente da República que esteve presente na marcha.

Também comentado por Marcelino Ntupe no mesmo programa radiofónico foi a “eventual criação de um tribunal ad hoc” para o julgamento dos “supostos envolvidos” na tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de ano em curso, processo em que Marcelino Ntupe é advogado de defesa.

Presidente da República condena ataque ao advogado

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, “condena veemente o ato bárbaro de violência contra o advogado e comentador político da Rádio Bombolom FM, Marcelino Ntupé”, publicou Chefe de Estado guineense na sua página oficial no Facebook.

“Os sucessivos casos de violência que têm ocorrido, constituem uma ameaça à paz social no nosso país”, acrescentou Sissoco Embaló, que “exorta a Polícia Judiciária e o Ministério Público a investigar, com maior brevidade possível, o ocorrido”.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos, após um encontro na noite de terça-feira com o advogado Ntupe no hospital militar em Bissau, disse que irá reagir esta quarta-feira, 30 de Novembro.

(Foto Rádio Capital FM)

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