A falta de alfabetização na Guiné-Bissau compromete negativamente o desenvolvimento do país impossibilitando a quebra de ciclos intergeracionais da pobreza. Apenas 53% da população feminina dos 15 aos 19 anos é alfabetizada.
Consciente desta realidade, a UNICEF lançou esta quarta-feira 6 de Novembro um projecto de educação, empoderamento e participação para meninas adolescentes, que pretende oferecer melhores e novas condições de aprendizagem.
No total são 2.500 meninas que pretendem estar abrangidas pelo programa, no entanto serão seleccionadas 30 em diversas aldeias de Gabu e Bafatá. Cerca de 900 jovens não podem beneficiar do projecto integral, mas vão contar com diversos apoios.
A representante adjunta da UNICEF na Guiné-Bissau realçou a importância em dar oportunidades equitativas no acesso ao ensino primário. “As probabilidades de concluírem é 5 sobre 10 para as meninas, e 8 sobre 10 para os rapazes”, disse Ainhoa Jaureguibeitita.
A mesma responsável apontou também que a situação degrada-se para as meninas à medida que avançam para níveis superiores do sistema educativo, aumentando o número de meninas fora de escola, tornando-as mais vulneráveis a “práticas nefastas”. Jaureguibeitita reafirmou ainda que o projecto apresentado propõe reforçar entrada e permanência na escola, incorporando novas oportunidades de educação para meninas adolescentes beneficiando 9 comunidades das regiões de Gabú e Bafafá.
Laurena Carvalho Hamelberg