O deputado e líder da bancada parlamentar da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Marciano Indi, terá escapado, na madrugada desta quarta-feira 17 de Março a uma suposta tentativa de rapto, que terá sido levada a cabo por elementos da Guarda Nacional (GN).
De acordo com informações disponíveis, “o rapto não se consumou”, devido a que a segurança de Marciano Indi estava a ser garantida na sua residência, “por um grupo de jovens de Safim”, zona norte do país, onde foi eleito como deputado.
Para Marciano Indi, as actuais autoridades guineenses não estão interessadas em garantir a sua segurança, e pediu a intervenção da Comunidade Internacional, e especialmente da CEDEAO, enquanto deputado do parlamento desta organização da África Ocidental.
“Não acredito se as actuais autoridades vão me garantir a segurança, a não ser a comunidade internacional ou a CEDEAO, porque também sou deputado dessa organização sub-regional. Não é normal a forma como eles se dirigiram para minha casa. Como podem acompanhar a denúncia feita por um dos meus familiares, em como há tentativa de me sequestrar de novo, eles queriam concretizar esse plano na noite passada, por volta das zero horas numa viatura da presidência [da República] e da Polícia da Intervenção Rápida (PIR), com 12 homens. Pararam em frente da minha casa, e a minha salvação foi graças à comunidade local que está manter a minha segurança desde a denúncia da tentativa de me sequestrar”, disse Marciano Indi.
Sobre o assunto, contactado pela e-Global, o Gabinete de Comunicação da Presidência de República recusa comentar, e o Ministério do Interior promete uma posterior reacção.
Em 22 de Maio de 2020, Marciano Indi, deputado do partido do actual Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, foi raptado e espancado, por indivíduos e em circunstâncias ainda desconhecidas.