A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) protestetou contra “detenção abusiva”, e condenou “a forma ilegal e arbitrária como foi efectuada” a prisão do empresário Armando Correia Dias.
Na sua página oficial no Facebook, a Liga Guineense dos Direitos Humanos “exige a libertação imediata” do empresário, considerando que a detenção foi efectuada “sem nenhum mandado, muito menos uma notificação prévia para o efeito”.
A organização exortou ainda ao “Ministério do Interior, a abster-se de práticas de actos ilegais e abusivos, adequando a conduta dos seus agentes no estrito cumprimento da lei”.
Armando Correia Dias, vulgarmente conhecido por “Ndinho”, foi detido no princípio da tarde deste sábado 20 de Junho, por agentes do Ministério do Interior e nas imediações deste ministério, alegadamente por posse ilegal de arma, que, segundo o deputado, Wasna Papai Danfa, o qual estava juntamente com o empresário e mais outro colega, foram os próprios agentes da polícia que teriam introduzido armas no interior da viatura.
O acto aconteceu, conforme o parlamentar, testemunha dos acontecimentos, depois de serem interceptados por um carro com agentes da polícia frente ao portão principal do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) em Bissau.
“Foi durante a abordagem, para perceber a razão do nosso bloqueio no meio da estrada, que vimos uma bolsa no chão, ao lado da nossa viatura, com AK47, alegando que era nossa, o que é muito ridículo”, testemunhou o deputado Wasna Papai Danfa que sublinhou: “Se fosse o caso, porque levaram só o Ndinho e nos deixaram?”.
O tenso ambiente político na Guiné-Bissau agravou nos últimos dias, depois de o parlamento guineense ter agendado para o 29 de Junho uma sessão em que deverá ser esclarecido qual bloco político tem a maioria parlamentar.