Estão a circular nas redes sociais desde há três dias imagens na prisão da Segunda Esquadra de alguns militares apontados como suspeitos na alegada tentativa de Golpe de Estado no designado caso 1 de Fevereiro, no Palácio do Governo e que resultou na morte de 10 pessoas.
As imagens revelam as condições degradantes em que estão os detidos, tais como, estendido num colchão improvisado no chão, o ex-Chefe de Estado-maior da Marinha, o Contra-Almirante, José Américo Bubo Natchuto.
Apesar da sua idade e alegadamente precisar de um tratamento médico especializado, Bubo Natchuto continua detido sem culpa formada, segundo o seu advogado, Marcelino Ntupé. Há cerca de um mês, a família denunciou que o Estado-maior General das Forças Armadas forçara o Contra-Almirante a sair do Hospital Principal Simão Mendes, para o sino-guineense, qualificado de cariz militar.
Nas polémicas imagens, capturadas na prisão da Segunda Esquadra, é possível identificar outro destacado militar, o Coronel, Júlio Mambali, apontado como um dos melhores operacionais no período em que António Injai foi Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas.
Contrariamente a Bubo Natchuto, que apresenta uma imagem aparentemente debilitada, o Coronel, Júlio Mambali preferiu aparecer com um visual totalmente mudado em relação ao que lhe é conhecido.
As imagens dos detidos difundidas nas redes sociais causaram consternação dos internautas e algumas organizações já qualificaram a situação de detenção de Bubo Natchuto de humilhante, para uma figura que foi Combatente da Liberdade da Pátria.
O advogado, Marcelino Ntupé denunciou que o processo estado eivado de muitos vícios, e avança que a detenção de militares deveria ser num aquartelamento e não na prisão civil assim como os mesmos deveriam ser presentes a um promotor da justiça militar e não ao Ministério Público, tal como aconteceu. “Mas apesar de todas essas ilegalidades, o Ministério Público, ordenou a libertação e eles recusaram”, disse.
Ntupé acusou também o ministro da Defesa Sandji Fati de ter negado a soltura dos suspeitos, não obstante existir uma ordem judicial neste sentido.
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