O Chefe de Estado francês, Emmanuel Macron terminou a visita de algumas horas à Guiné-Bissau, com a promessa de apoio ao sector Militar. Numa comunicação conjunta com o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente francês manifestou a disponibilidade de Paris em apoiar a formação dos militares guineenses. De igual modo, vai disponibilizar 5 milhões de euros para a formação de 15 estudantes guineenses na área de agronomia no Burkina Faso.
Ainda no âmbito da cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, Emmanuel Macron, promete a construção de raiz de uma escola de língua francesa na Guiné-Bissau. Por ser uma língua de opção, no ensino secundário, o francês é ensinado no Centro Cultural Franco-Bissau guineense e nos diferentes centros de formação.
A visita do Presidente da França a Guiné-Bissau, no âmbito da sua digressão que o levou aos Camarões e ao Benim, ficou dominada, por outro lado, com a necessidade de combate ao terrorismo e tráfico de droga.
Os mais recentes golpes de Estado na Guiné Conacri, Burkina Faso e Mali, estiveram também no centro das atenções. Emmanuel Macron defendeu que os períodos de transição, que se seguem aos Golpes de Estado, sejam definidos. Uma mensagem endereçada directamente ao Presidente guineense, que preside actualmente à Conferência dos Chefes de Estado e do Governo na CEDEAO. Sobre assunto, Umaro Sissoco Embaló afirma ser uma das preocupações da presidência, tendo destacado as suas recentes visitas à Guiné Conacri e ao Burkina Faso.
Analistas em Bissau consideram que a deslocação de Emmanuel Macron a Bissau, não obstante estar ligada a agenda multilateral, é um marco histórico e que, do ponto de vista diplomático, representa um “ganho extraordinário” para o Presidente Umaro Sissoco Embaló, que já levou a Bissau vários Chefes de Estado, para além das suas frequentes deslocações ao estrangeiro.