Os estudantes da Escola Nacional de Administração da Guiné-Bissau (ENA) realizaram esta segunda-feira (23.1) uma conferência de imprensa para tornar a público o que qualificam de “má gestão” desta instituição do ensino superior.
Justino Simão Ialá, presidente da Associação Académica dos estudantes da ENA acusou a Direcção desta instituição académica “de má gestão da coisa pública” e convidou o Tribunal de Contas a efectuar uma auditoria na Escola Nacional da Administração.
“A vigília de semana passada foi positiva. Os colegas [estudantes] fizeram um balanço e concluíram que é necessário a demissão imediata em bloco de Direcção da ENA, pelas seguintes razões. Após o Conselho de Ministros [de Agosto de 2022] ter suspendido as contratações na área de educação, a Direcção da ENA estava ciente da situação. Na altura, estávamos no fim de ano académico e a Direcção abriu novas inscrições para ingressos sem ter garantias de docentes”, explicou Ialá que criticou ainda a cobrança de 2.500 francos Cfa de coima aos estudantes que inscreveram-se fora do prazo”, mas particularmente de “receber dinheiro de novos ingressos, sem ter docentes”.
“A ENA está degradada, tomam dinheiro e não reparam. Isto é falta de competência. Questionamos sobre as verbas e despesas, sem efeito”, disse. Perante a situação, a Associação Académica convidou o Tribunal de Contas a efectuar uma auditoria à ENA e à gestão da actual Direcção.
Mamandin Indjai