Guiné-Bissau: FMI inicia avaliação da situação económica do país

GB Bissau

A missão do Corpo Técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) começa esta semana a avaliar a situação económica do país que poderá desbloquear a terceira fase do Programa Financeiro [Facilidade de Crédito Alargada – ECF], que deverá decorrer de 20 de Setembro a 03 de Outubro.

De acordo com o Comunicado a Imprensa do Ministério da Economia e Finanças, publicado esta segunda-feira (18.09), “o Corpo Técnico do FMI, vai durante esse período inteirar-se da execução orçamental do país até Junho de 2023, com enfoque nas despesas e receitas, assim como, a situação da Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB)”.

A missão dirigida por José Gijon, analisará o desempenho económico-financeiro registado nos últimos meses e vai mais discutir com o Executivo, assuntos ligados a massa salarial, reformas fiscais e a gestão da divida pública, que, segundo o titular da pasta da Economia e Finanças, ascende a mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

“O Programa do FMI (Facilidade de Crédito Alargada – ECF) irá assegurar a implementação das reformas formuladas pelo governo, visando estabilizar a economia, melhorar a competitividade e reforçar a boa governação. Porém, o governo vai apresentar à missão do Fundo o Programa de Emergência que visa mitigar o aumento de custo da vida na Guiné-Bissau”, anunciou o Ministério da Economia e Finanças no Comunicado.

O Corpo Técnico do FMI deverá manter contactos com as diferentes instituições nacionais e internacionais sedeadas no país, nomeadamente, o Governo, Tribunal de Contas, Banco Central dos Estados da África Ocidental, (BCEAO), centrais sindicais (UNTG/CGSI). A missão do FMI deverá ainda reunir com o Presidente da República e o Primeiro-ministro.

One Comment

  1. Fernando Lomba

    Será um projecto de grande interesse para um povo que tem sofrido muito nestes últimos 50 anos. Sendo um país com bastantes potencialidades, nada justifica que o mesmo esteja nesta situação crítica de carência total ou quase total. Há que eliminar ou controlar eficazmente os factores que fomentam a pobreza e a instabilidade, que são. aliás, conhecidos pelas instâncias internacionais e que carecem de um plano sustentado para a sua resolução definitiva.

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