Guiné-Bissau: Governo admite possibilidade de adiar eleições legislativas

GB Eleições

O Ministro da Administração Territorial admitiu a possibilidade do adiamento das eleições legislativas marcadas para 18 de Dezembro do ano em curso.

Fernando Gomes falava esta quarta-feira, 12 de Outubro, após um encontro com os partidos políticos com e sem assentos parlamentar que, também, segundo disse consideraram “difícil” a realização de eleições na data prevista.

“Entendemos hoje convocar os partidos políticos para juntos nos debruçarmos sobre o processo eleitoral. As ideias e as opiniões foram quase unânimes em como será difícil realizar eleições a 18 de Dezembro”, precisou o Ministro da Administração Territorial e Poder Local.

Fernando Gomes explicou, por outro lado, que “as razões que estiveram na origem do atraso no início do processo eleitoral é porque os partidos exigiram um recenseamento eleitoral de “raiz” com a entrega dos cartões do eleitor no acto do recenseamento, facto que obrigou a aquisição de impressoras específicas, que só chegaram ao país na segunda quinzena de Setembro.

“Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas; a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nesta época nos campos agrícolas, foram outras razões que pendem sobre a possibilidade do adiamento das eleições”, referiu Gomes.

Em reacção às declarações do Ministro da Administração Territorial, Armindo Handem, Secretário Permanente da União para a Mudança (UM) apontou uma jogada estratégica do Governo para assumir a responsabilidade sobre o adiamento do escrutínio. “O Governo trouxe-nos a preocupação e os condicionalismos existentes para a realização do recenseamento. Parece-me que o Governo quis descartar a responsabilidade de propor ao Presidente a mudança da data, porque está claro que a data de 18 de Dezembro é impraticável”, disse Handem.

Por sua vez, o Secretário-geral do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Ali Hijazy, responsabilizou o Governo pela situação. “Quando foi marcada esta data, se o Governo cumprisse as suas obrigações em conformidade com as leis, era possível realizar a eleição no dia 18 de Dezembro. Infelizmente e até este momento ainda falta muita coisa para fazer, por exemplo, um caderno de actividades”, sublinhou.

O Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes, garantiu que vai agora apresentar um novo cronograma ao Governo, antes de apresentar o Presidente da República uma nova data para as eleições.

(foto arquivo)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *




Artigos relacionados

Festa do 36º Aniversário do Teatro da Garagem, no Teatro Taborda

Festa do 36º Aniversário do Teatro da Garagem, no Teatro Taborda

FESTA DO 36º ANIVERSÁRIO DO TEATRO DA GARAGEM23 DE JANEIRO | QUI | 21:00-01:00 | ENTRADA LIVRELANÇAMENTO DE LIVRO COM…
Professor e escritor Fábio Antônio Gabriel lança novo livro: “Mediação — Fundamentos e Práticas Educativas”

Professor e escritor Fábio Antônio Gabriel lança novo livro: “Mediação — Fundamentos e Práticas Educativas”

O professor, investigador e escritor Fábio Antônio Gabriel, com diversos livros publicados, entre ensaios e coletâneas, lançou recentemente “Mediação —…
Guiné-Bissau: Ilídio Vieira Té reuniu com justiça portuguesa no Caso do Novo Banco

Guiné-Bissau: Ilídio Vieira Té reuniu com justiça portuguesa no Caso do Novo Banco

O Ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Vieira Té, terá reunido na segunda-feira 13 de Janeiro, em Portugal, com responsáveis…
Moçambique: Ciclone Dikeledi deixa cinco mortos na província de Nampula

Moçambique: Ciclone Dikeledi deixa cinco mortos na província de Nampula

O ciclone Dikeledi que assolou no dia 13 de janeiro, causou mortes e destruição na província de Nampula, norte do…