A 14 de Outubro, o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guineenses (CEMGFA) Biagué Nan Tan, surpreendeu todos quando durante a parada militar disse ter conhecimento que circulavam pessoas nos quartéis para dar golpe de Estado, palavras que o Governo guineense que foram mal interpretadas pela imprensa.
Durante a leitura de um comunicado o porta-voz do Governo guineense, Fernando Vaz, disse que o CEMGFA foi mal interpretado pela Comunicação Social e que não há qualquer plano de golpe de Estado. Fernando Vaz reagia assim ao artigo da agência Lusa sobre as declarações do CEMGFA.
Fernando Vaz assegurou que, o tratamento e a interpretação dada às palavras de Biagué Nan Tan, provam “o pior que um profissional de comunicação deveria fazer” e a forma como a imprensa portuguesa trata os assuntos ligados a Guiné-Bissau. Disse que o Governo desmente categoricamente e que não há qualquer plano de golpe de Estado no país.
A 14 de Outubro durante a cerimónia comemorativa dos 37 anos da Polícia Militar, Biagué Nan Tan, falando para os militares convidou-os a não alinharem com qualquer pessoa que está a tentar golpe de Estado. Segundo o CEMGFA, existem pessoas que circulam nos quartéis a mobilizar os jovens para um golpe de Estado oferecendo 10 mil Fcfa (15 Euros) para os militares abrirem contas bancárias.
“Estas pessoas que andam aqui nos quartéis, sei quem, são. Mas o que quero aconselhar é para não se alinharem, porque será mau para todos. Quem sofre com golpe de Estado são vocês”, disse na ocasião.
Biagué Na Tan criticou as interferências nos quartéis e assegurou que vai manter-se vigilante. Por sua vez, o porta-voz do Governo, corrigindo o tratamento dado pela Comunicação Social, e visando directamente a imprensa portuguesa, disse que “já começa a ficar cansativo” o Governo ter de “repetidamente desmentir falsidades” e acusou a agência Lusa de utilizar as “metáforas do CEMGFA para noticiar a falsidade”.
Para Fernando Vaz o CEMGFA não denunciou uma tentativa de golpe, porque o país está bem. “A Guiné-Bissau caminha para um decénio de paz e estabilidade” disse o porta-voz do executivo. Também o presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, numa entrevista à empresa francesa defendeu a posição avançada pelo porta-voz do Governo, tendo vincado que Biagué Na Tan “estava a tentar dissuadir os jovens de envolverem-se em Golpes de Estado. Era um conselho que ele estava a dar e a pessoas compreenderam mal”, disse o chefe de Estado.