Guiné-Bissau: Governo toma medidas contra Coronavírus, população permanece indiferente

O Ministério da Saúde Pública da Guiné Bissau iniciou desde Janeiro de 2020 acções de prevenção e resposta à pandemia do Coronavírus (COVID-19), apesar de não existir ainda qualquer caso que tivesse sido identificado pelas autoridades.

O governo difundiu várias recomendações, particularmente às escolas, tais como uma boa higiene com práticas básicas como as crianças lavarem frequentemente as mãos nos estabelecimentos de ensino, evitarem tocar nos olhos, nariz e boca e partilha de materiais escolares entre os alunos.

Através do Ministério, o governo de Aristides Gomes lançara campanhas de sensibilização nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais, bem como a implementação de uma linha directa com os profissionais de saúde de prevenção e contenção do COVID-19.

Depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o COVID-19 é uma pandemia, tendo em conta o número de casos e mortes em todo o mundo, e apelar ao reforço das medidas para a contenção do surto a nível mundial, houve uma mudança política na Guiné-Bissau, e o Governo de Nuno Nabian também não ficou de braços cruzados tendo dado instruções na semana passada para suspenderem a realização de todas as actividades que possam provocar grandes aglomerações de pessoas, incluindo concertos e algumas cerimónias religiosas e tradicionais, propícias à propagação do novo Coronavírus.

Este domingo, 15 de Março, a secretaria de Estado do Turismo e Artesanato decidiu suspender o funcionamento de bares e discotecas em todo país. A vigilância na fronteira com o Senegal foi também reforçada.

Contudo a população guineense está dividida quanto à preocupação relativa aos riscos de contaminação e de epidemia chegar ao país. Académicos entrevistados pela e-Global, consideram que “o país não está preparado para mais um desastre”, e que “basta a situação política e económica” que já afecta a Guiné-Bissau, frisou Mutaro Embaló.

Apesar da situação de pandemia e dos elevados riscos de propagação do vírus, a população guineense não alterou os seus hábitos. Nos supermercados e feiras públicas as pessoas continuam a exercer as suas tarefas, sendo visível a grande acumulação de pessoas, não havendo nenhum sinal de pânico, ou uso de máscaras como tem sido adoptado em outros países atingidos pelo COVID-19.

Pessoas contaminadas com Coronavírus foram diagnosticadas nos países fronteiriços à Guiné-Bissau, o Senegal conta com 24 infectados e Guiné Conacri um caso.

Laurena Carvalho Hamelberg

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