A Guiné-Bissau ocupa a 78.ª posição no Índice de Liberdade de Imprensa divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
No documento publicado esta quarta-feira (03.05), sob auspícios da Associação das Mulheres Profissionais da Comunicação Social, que citou um inquérito aplicado aos profissionais de Comunicação guineenses, “92 % dos respondentes considera que o Governo não está empenhado no combate à violação da liberdade de imprensa”.
“As notícias recentes de ordem de encerramento de rádios por falta de pagamento da taxa de emissão são apontadas como exemplo das dificuldades por que passam os órgãos de comunicação social do país”, lê -se no documento que ressalta que “mais de metade dos jornalistas guineenses considera que há influência política no jornalismo”.
“Em matéria de igualdade de género, esta também ainda não chegou às redacções guineenses. As mulheres jornalistas continuam a ser relegadas para chefias intermédias, e na sua maioria continuam a ser jornalistas de base”, indica o relatório.
O documento é o resultado de uma parceria da Liga Guineense de Direitos Humanos, Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Mindjeris Di Guiné Nô Lanta e a Casa dos Direitos e contou com o apoio do instituto Camões.
Mamandin Indjai