O Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) responsabilizou o Governo pela perda de vidas humanas nos confrontos na sequência da exfiltração das celas da Polícia Judiciária (PJ) do Ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e do Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, por alegados elementos da Guarda Nacional.
Em comunicado de imprensa o MADEM-G15 sublinha que a acção “revela uma tentativa de alteração da ordem constitucional”, considerando o acto de um “atentado à República e ao Estado de Direito democrático”, assim como “obstrução à realização da justiça e tentativa de golpe de estado”.
O MADEM-G15 acusou ainda o líder do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, de ter proferido declarações que “incentivam à violência gratuita”, que o partido da oposição aponta como um “acto ignóbil e antidemocrático, ao facilitar a Guarda Nacional para esta tentativa de Golpe de Estado”.
O partido, liderado por Braima Camará, encorajou o Ministério Público a continuar, com maior celeridade, a investigação do caso e “traduzir à justiça todos os responsáveis materiais e morais”, tendo aproveitado para felicitar as forças de defesa e segurança, pela prontidão na defesa da ordem constitucional, sem nenhuma violação às residências dos cidadãos.
CEDEAO apela à prisão dos envolvidos no tiroteio
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) também através de um comunicado avança que tomou conhecimento “com profunda preocupação” da violência que eclodiu em Bissau na madrugada de sexta-feira, 1 de Dezembro de 2023.
A organização sub-regional condena “veementemente a violência e todas as tentativas de perturbar a ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau” e apela “à perseguição e prisão dos autores do incidente, de acordo com a lei”.
Estado-Maior garante reposição da ordem
O Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau logo após os acontecimentos de 1 de Dezembro garantiu que a ordem já está restabelecida após horas de tiroteios em Bissau.
No Comunicado, o Estado-Maior General das Forças Armadas precisou que “pelas 20h00mn do dia 30 de Novembro do ano em curso Quinta-feira um grupo de Brigada da Intervenção Rapida (BIR) chefiado pelo seu comandante, o Coronel Vitor Tchongo assaltou e libertou as pessoas que estavam a ser ouvidas no estabelecimento da Policia Judiciária”.
O Estado Maior General das Forças Armadas, através do seu comunicado, garantiu que “a situação voltou a normalidade” e “pede a calma dos populares, em que os mercados e os estabelecimentos comerciais podem continuar as suas actividades normais”.