O Ministério do Interior responsabilizou esta quinta-feira 19 de Dezembro 2019 o candidato a segunda volta das eleições presidências dia 29 Dezembro, Umaro Sissoco, pelas consequências que podem advir devido à sua postura desafiadora da ordem e segurança pública.
O Ministério divulgou uma nota de imprensa na sequência do incidente com a comitiva de Sissoco ocorrido a 18 de Dezembro 2019 com um agente da Brigada de Acção Fiscal da Guarda Nacional em São Domingos, norte da Guiné-Bissau, junto à fronteira com o Senegal.
Qualificando de atentado contra autoridades policiais e integridade moral dos agentes da ordem, o Ministério do Interior lembrou que não é o primeiro incidente que envolve a comitiva do candidato Umaro Sissoco Embaló,
Segundo o Ministério do Interior a 18 de Dezembro deu entrada em São Domingos uma frota de 10 viaturas Pick Up com colunas de som e matriculas senegalesas, tendo sido justificado ser material para a campanha do referido candidato, sem contudo ter sido emitida uma autorização da Direcção-geral das Alfandegas, no âmbito da isenção alfandegária, bem como não ter sido atribuído o livre-trânsito que permite às viaturas com matriculas estrangeiras circular no território nacional.
O Ministério do Interior informou ainda que perante os persistentes pedidos dos responsáveis da candidatura de Sissoco, a Guarda Nacional, através da Brigada de Acção Fiscal, consentiu que as viaturas em causa fossem escoltadas por um agente de São Domingos até ao Parque de Safim, para posterior regularização junto das autoridades aduaneiras.
Segundo o agente da Guarda Nacional, foi surpreendido na divisão da vila de Safim por uma comitiva chefiada por Umaro Sissoco Embaló na qual se fazia acompanhar por Braima Camará, Nuno Nabiam ladeados pelos apoiantes que interceptaram as viaturas ora escoltadas e mandaram aproximar a viatura de Sissoco, tendo em seguida intimado os agentes da ordem a entregar imediatamente as viaturas.
Para o Ministério do Interior, Umaro Sissoco Embaló e a sua comitiva, para além de desautorizar e humilhar o agente da Guarda Nacional, o qual foi ignorado e levaram as viaturas e pastas com documentos de trabalho do agente, exerceram uma manifestação de força contra as autoridades.
O Ministério do Interior sublinhou que a tolerância perante atitudes ostensivas da anarquia até aqui toleradas em prol da manutenção de um clima de ordem durante o processo eleitoral em curso acaba por resultar em incidentes inadmissíveis em qualquer estado de direito.
Sumba Nansil