A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou “mais um rapto de cidadão” por grupo de homens aramados a 26 de Janeiro.
Na comunicação tornada a pública na sua página oficial do Facebook esta segunda-feira (06.02), a Liga denunciou o sucedido e “ registou com bastante indignação a detenção abusiva e arbitrária de Filinto Vaz Vieira vulgarmente conhecido por Sadna, na sua residência em Nhacra, a cerca de 30 Km de Bissau”, explicou a Liga fazendo referência a fontes, familiares da vítima.
De acordo com a LGDH, “Filinto Vaz foi raptado por um grupo de homens armados na noite do dia 26 de Janeiro de 2023 que o conduziu para a Esquadra de Polícia do Bairro militar onde permanece detido até à presente data num regime de total incomunicabilidade com os familiares e o seu advogado”.
“De acordo com as mesmas fontes, a detenção terá sido ordenada pelo Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, na sequência das críticas que lhe foram feitas pela vítima nas redes sociais”, adiantou a LGDH.
A Liga informou ainda que o cidadão em causa foi detido sem que tivesse sido apresentado a um magistrado do Ministério Público.
“Volvidos 11 dias de detenção ilegal e abusiva, este cidadão ainda não foi apresentado a nenhum magistrado do Ministério Público, muito menos um dos Juízes de Instrução Criminal, numa clara violação de todas as normas processuais”, escreve a Liga, considerando o acto como “mais uma tentativa de silenciamento das vozes críticas”, pelo que “condena com toda a veemência este acto abusivo e arbitrário e exige a libertação imediata do Filinto Vaz Vieira”.
“A Liga exorta ainda os cidadãos a se manterem firmes contra as derivas autoritárias que se multiplicam no país, com a finalidade de intimidar e amedrontar aqueles que ousam criticar e denunciar os comportamentos ilegais perpetrados por alguns elementos do regime instalado”, lê-se no comunicado da LGDH.